“A violência sexual é silenciada”, alerta médica que atende mulheres vítimas de violência

As redes sociais reagiram à acusação de estupro que culminou com a expulsão Nego do Borel do reality show a fazenda. O cantor foi excluído do reality show e passou a ser investigado por estupro de vulnerável contra a modelo Dayane Mello, após uma festa do programa, na sexta-feira (24). Na manhã do sábado, o tópico “Estupro na Record” chegou a ser um dos mais comentados no Twitter.

Muitas pessoas falaram sobre o assunto, inclusive figuras políticas como a deputada federal Jandira Feghali, do PCdoB do Rio: “São gravíssimos os indícios de violência sexual contra uma mulher alcoolizada transmitida ao vivo num reality show de alcance nacional. A vítima precisa ser protegida imediatamente. A polícia deve investigar o possível estupro na Record”.

Além dela, milhares de pessoas expuseram sua visão sobre esse caso que mostra a banalização da violência e a cultura do estupro. Mas não é apenas deste caso que, em entrevista ao Tem de Tudo, a médica Isabela leite, residente em psiquiatria, com atuação no atendimento ao público feminino e às vítimas de violência sexual, discorreu nesta segunda-feira (27).

Segundo o 14º anuário brasileiro de segurança pública, do fórum brasileiro de segurança pública (FBSP), em 2020 foram registrados 66.123 vítimas de estupro, sendo 85,7% do sexo feminino. Isso representa um estupro a cada oito minutos.

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