‘Não é Não!’ precisa dobrar meta de arrecadação para carnaval sem assédio no Piauí

Luana Sena concede entrevista ao Acorda Piauí
Luana: Ação no carnaval que chama atenção para o respeito à mulher

Pela primeira vez no Piauí, o coletivo Não é Não, que discute e combate o assédio às mulheres no Carnaval, tem apenas mais uma semana para atingir sua meta de arrecadação. É que para produzir as tatuagens temporárias que são distribuídas gratuitamente nos blocos de rua, a equipe, formada por mulheres, conta com um financiamento coletivo na internet – a famosa vaquinha virtual.

O Não é Não é um coletivo formado por mulheres de 15 estados brasileiros – criado em 2017 por um grupo de amigas cariocas, aos poucos o movimento foi tomando as ruas do país. Nos ensaios de blocos e pré-carnaval, o grupo foi ganhando a adesão das foliãs que militam por um carnaval seguro para as mulheres e livre de assédio.

2020 é o 4º ano de atuação do coletivo feminista – e o primeiro com a participação do Piauí. Em Teresina, o movimento é encabeçado pelas jornalistas Luana Sena e Camila Fortes. “Uma das barreiras de engajamento é o fato do nosso estado não ter histórico de campanhas com financiamento coletivo”, comenta Luana. “Mesmo assim, até agora os números de arrecadação são animadores e estamos otimistas em bater a meta”, reforça a  embaixadora do projeto.

Para motivar as colaborações, as embaixadoras selecionaram recompensas exclusivas, priorizando produções feitas por mulheres locais. Há ítens como ecobag, brincos, pochetes, cadernos e camisetas para quem contribuir com valores que vão de 10 a 400 reais. Todas as faixas de recompensas vem com as tatuagens temporárias que são o lema da campanha por todo o país: Não é Não! “Comprando a recompensa, você garante as suas tatuagens para usar no carnaval e também colabora para que outras mulheres as recebam de graça nos blocos”, explica Camila.

As recompensas podem ser adquiridas no site benfeitoria.com/naoenaopi, até o dia 16 e janeiro – o tempo agora é inimigo do projeto. “Esta campanha tem um caráter tudo ou nada”, explica Luana. “Se não atingirmos a meta até o dia 16, o dinheiro é devolvido a todo mundo que colaborou e o projeto, infelizmente, não sai do papel”. O coletivo precisa arrecadar 3.800 até a próxima semana e, no momento, conta com 48% de arrecadação.

Para contribuir: benfeitoria.com/naoenaopi

Ouça entrevista jornalista Luana Sena no Acorda Piauí sobre a campanha:

https://soundcloud.com/cidadeverde/luana-sena-embaixadora-nao-e-nao-acorda-piaui-10012019